Precisamos falar sobre o lixo gerado pelas campanhas eleitorais

Pode apostar que ano de eleição é sinônimo de mais lixo, principalmente nas ruas e calçadas de todo o País. Precisamos nos atentar para a falta de consciência das campanhas eleitorais e os devidos candidatos envolvidos. Vem com a gente saber um pouco mais sobre o assunto e conferir os números comparativos de 2018 para 2022 em 3 regiões do país.

Quem nunca se deparou com calçadas repletas de propagandas políticas em dia de eleição, os chamados “santinhos”? Pois é, de santo isso não tem nada: são verdadeiros acúmulos de resíduos desnecessários em pleno ano de 2022 em que tanto se discute a questão de preservação ambiental.

Pensando no tempo em que vivemos, com a tecnologia tão presente, vemos cada vez mais movimentos que apoiam a diminuição do uso de recursos e impressões, optando pelo meio digital (estão aí os cardápios via QR Code, como um ótimo exemplo) com sucesso.

Os panfletos eleitorais servem para induzir as pessoas a votarem nos candidatos em questão, e destinados sobretudo à população que não escolheu com antecedência, chegando às urnas sem terem anotado os números referentes a quem desejam eleger.

Além do lixo – que já é um grande problema por si só – essa atitude ainda pode ser considerada crime eleitoral pois é um gênero de propaganda irregular, passível de aplicação de multa prevista pela lei nº 9/504/1997 (você pode ter acesso para consulta e outras informações aqui: https://www.tre-sc.jus.br/comunicacao/noticias/2022/Setembro/candidatos-nao-devem-derramar-santinhos-na-vespera-e-no-dia-da-votacao-sob-pena-de-auto-de-constatacao )

Fomos buscar números que provassem o quanto a inconsciência, perante essa questão, piorou entre 2018 e 2022:

• Segundo a Agência Brasil, no Rio de Janeiro, as equipes da Companhia Municipal de Limpeza Urbana (Comlurb) recolheram das ruas da cidade um total de 128,2 toneladas de resíduo – um aumento de 50% em relação à última eleição, em que foram somadas 85 toneladas de lixo.

• O Diário Gaúcho publicou que em Porto Alegre o recolhimento foi de 9,5 toneladas de lixo, mobilizando mais de 360 profissionais, aumentando em relação a 2018, quando foram recolhidas 6 toneladas.

•A Band Minas publicou ainda que em Belo Horizonte os números são ainda mais alarmantes: 90 toneladas de lixo eleitoral recolhidos por garis da SLU, Superintendência de Limpeza Urbana. Em 2018, eram 54 toneladas.

Realmente é entristecedor conferirmos esse tipo de informação. E esses são dados de apenas 3 locais. Imagine a somatória final, ao levarmos em conta todo o território brasileiro?

Lembre-se: a pesquisa pelo seu candidato começa em casa e com antecedência, assim você se prepara e conhece as propostas de cada candidato. Depois, é só anotar em um pequeno pedaço de papel de rascunho da sua casa e levar para a votação. Na rua, recuse os santinhos que são distribuídos e recolha e jogue no lixo para reciclagem, o que for possível. E lembre-se: avalie se o candidato que faz esse tipo de propaganda está de acordo com as atitudes em relação ao meio ambiente, que você espera encontrar em alguém que poderá te representar politicamente.

É necessário consciência, de ambos os lados! Cada um fazendo a sua parte e com as atitudes corretas, respeitando sempre o meio ambiente.

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